quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mudanças Climáticas e Agricultura: destaques desta manhã de quinta-feira


As atividades do congresso tiveram início nesta manhã de quinta-feira, dia 25, com as conferências plenárias proferidas pelos pesquisadores Paulo Artaxo e Adolpho José Melfi.

Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, falou sobre mudanças climáticas e Amazônia, destacou que desde 1970 a humanidade tem presenciado um aumento na temperatura dos oceanos e da superfície global, no nível do mar, uma maior intensidade de chuvas e de secas, maior prevalência de ondas de calor e ocorrência de furacões. Por outro lado, percebe-se um decréscimo em extensão de neve, gelo no
mar Ártico e de geleiras.

O pesquisador destacou ainda as projeções feitas pelo IPCC para os próximos 100 anos, considerando três tipos de cenário: o mais conservador, o intermediário e o mais pessimista. As projeções apontam aumento de temperatura entre 2 e 4ºC na temperatura média global. Esse aumento pode ter efeitos importantes na Amazônia, no Cerrado e no Nordeste brasileiro.

Paulo Artaxo destacou ainda que, em se tratantado de mudanças climáticas, há uma necessidade de mais pesquisas e estudos sobre a componente forçante radiativa para obter melhores projeções sobre o aumento da temperatura e possíveis conseqüências para o futuro.

O pesquisador Aldolfo José Melfi, da Esalq USP, abordou práticas agrícolas que minimizam emissões de gases de efeito estufa, como a prática do plantio direto e a colheita de cana-de-açúcar sem queima.

Segundo o pesquisador, o Brasil ocupa a 17ª posição entre as nações que mais emitem gases de efeito estufa quando consideradas as atividades industriais e de transporte (com a queima de combustível fóssil). A situação muda, porém, quando o assunto é emissões também por mudanças no uso do solo ou por atividades agropecuárias. "Aí, o Brasil passa a ocupar a quarta posição", disse.

Ao apontar resultados de pesquisas e cálculos feitos, Melfi destacou a importância de discutir e ampliar as práticas agrícolas que visem diminuir a emissão desses gases na atmosfera.

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